quarta-feira, 19 de novembro de 2008

OSSO DURO DE ROER- Inovar pra quê?




Pra começar já vou falando que sou totalmente suspeito pra falar dessa banda que, apesar de conhecer recentemente, conheço seu guitarrista e vocalista há vários anos. Mas, suspeitas à parte, vamos contar um pouquinho da história dessa banda e do lançamento de sua primeira demo auto-intitulada.
A Banda Osso Duro de Roer teve início em 2007, mas na verdade tem como seu embrião a banda Pão com Mortãdela que foi formada em 2000. Com Heltim Cabral (guiarra/vocal), Gabriel (baixo) e Nino (bateria) a banda mostrou serviço em toda região de Ribeirão Preto/SP (a banda é de Cravinhos/SP) tocando covers de Elvis, Beatles, Ac/Dc, Made in Brazil entre outros, arrasando sempre! Conforme as coisas e covers foram caminhando as composições próprias foram surgindo. Então, na segunda metade de 2008 eles lançaram sua primeira demo auto-intitulada e contendo dez composições, e é sobre ela que falaremos a seguir.

A Demo: Osso Duro De Roer

Um assunto que sempre é abordado no rock and roll e heavy metal, principalmente pela crítica especializada, são os clichês que infestam a música pesada em geral. Mas aí eu me pergunto o que seria do rock and roll sem os clichês? Quem disse que clichês são ruins? Concordo que os excessos de clichês e muitas bandas que soam como cópias por aí são ruins para a cena, mas vamos falar sério: pra que inovar o rock and roll se ele sempre foi bom feito à moda antiga?
É exatamente disso que se trata a Osso Duro de Roer. Os caras detonam um rock and roll bluesístico, simples, gostoso e clichê pra caramba, mas bem melhor do que muita coisa inovadora que ouvimos por aí e que não vale nada, diga-se de passagem. O maior destaque dos caras é a energia transmitida em todas as faixas e a demonstração de amor eterno ao rock and roll que os caras passam. O instrumental é simples porém coeso, tanto que todos se destacam na banda. Todas as faixas são ótimas, mas eu destaco "My dog is roquenrou", "Não tô nem aí" e pra mim a melhor "Cocaína blues". Um som feito pra quem detesta inovações!

Vitor Hugo Franceschini

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