terça-feira, 7 de agosto de 2012

Hellstouch – “Coletânea” – 2012 – Shinigami Records (Nacional)


A Hellstouch é uma coletânea capitaneada pela gravadora Shinigami Records e nasceu com o objetivo de apoiar e divulgar o trabalho das bandas brasileiras que trabalham arduamente para consolidar e engrandecer o cenário nacional. Além deste apoio, a gravadora pretende incluir algumas dessas bandas em seu cast. Enfim, de qualquer forma uma atitude plausível.

Falando do conteúdo da empreitada, em coletâneas sempre há aquele velho caso dos altos e baixos e com a Hellstouch não é diferente. A diferença aqui é que há bandas com muitas qualidades e outras que ainda precisam de uma leve lapidada, o que não significa ser ruim. Outro fator comum nestes formatos é a oscilação de gravação, já que banda cuida da sua própria produção.

Começando do começo, logo de cara se destaca os ‘deathmetallers’ do Cruscifire. Os caras detonam com duas faixas: Black Candle Light e Last March. O som é um Brutal Death Metal bem trabalhado e que flerta com o Grindcore. Logo em seguida o Hellpath chama atenção com seu Thrash/Death Metal cheio de riffs e vocais rasgados. A banda aparece com apenas uma composição intitulada Liar.

Representando o Thrash Metal oitentista temos o Imminent Attack. Com as faixas Splact (bem pegajosa) e Noise For Nothing, o grupo paulista demonstra muita garra e nuances de Crossover com um som rápido e direto. Os ‘grinders’ da Prey Of Chaos, mestres em unir Grindcore com uma pegada cheia de groove, detonam com Forgotten By God e Grinding Brains, sem dó nem piedade.

Para aliviar um pouco os ouvidos e dar um ar mais belo à coletânea, temos o Rhevan com seu Gothic Metal de gente grande, que tem como destaque as linhas vocais a cargo de Dani Navarro e Thiago Azevedo (também guitarrista). Com a melhor produção do trabalho, a banda paulista This Grace Found surpreende e detona com um Thrash Metal moderno e vigoroso, fechando o disco com chave de outro.

Os pontos negativos não merecem ser citados, afinal não é nada que seja relevante e nenhuma banda presente na coletânea chega perto do que acostumamos chamar de ruim. Se você apoia o Metal nacional e tem interesse em conhecer mais a fundo as bandas do nosso underground, esta é uma grande oportunidade.


8,0

Vitor Franceschini

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