Como o Death Metal
nacional é bom, e como é bom ouvir uma banda que tem conhecimento de causa
praticar este estilo que talvez seja o menos acessível e o mais imutável de
todos. O que se ouve neste trabalho é uma aula para aqueles que tanto insistem
em modernizar e plastificar o Metal extremo.
Mesmo com 6 anos de
pausa (entre 1996 e 2002), os paulistas do Morfolk estão há mais de 20 anos no
cenário e já possuem dois álbuns oficiais. Atualmente divulgam “Prelude”, um EP
que mostra que o que está por vir não é brincadeira, afinal o que ouvimos aqui
deve ser levado muito a sério.
Riffs mórbidos e solos
insanos, aliado a um baixo preciso e bateria variada mostram que a banda sabe
onde pisa. Vocais guturais cavernosos dão o charme e composições que variam o
ritmo mostra toda a brutalidade que convém à banda. São três ótimas faixas onde
Bloodlust se mostra um hino do
estilo, mesmo sendo as outras duas de ótima qualidade.
Com uma produção sonora
muito boa que ficou a cargo de Vágner Alba, no Oversonic Studio, “Prelude”
ainda conta com uma bela arte gráfica, fruto do trabalho de Daniel Sanchez. Se
você é um daqueles guerreiros que apoiam a cena Metal do Brasil e ergue a
bandeira do Death Metal, não pode perder este trabalho. Primoroso!
9,0
Vitor Franceschini
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