sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Rhevan – “Sempre evoluindo”




Mesmo fora do eixo Rio-São Paulo (como se isso fosse alguma coisa hoje em dia) a banda sul-mato-grossense Rhevan é uma das maiores representantes do Symphonic Gothic Metal nacional. Mesmo não gostando de se rotular, o grupo investe forte nessa sonoridade e possui conhecimento de causa. Lançando seu segundo álbum, intitulado “One More Last Attempt” (primeiro pela Shinigami Records), a banda tem incorporado ainda mais elementos do Metal tradicional em suas composições e busca manter seu legado. Falamos com o baixista e produtor da banda, Aldo Carmine sobres estes aspectos e tudo mais que os envolve. A formação do Rhevan é completada por Dani Navarro (vocal), Thiago Azevedo (Guitarra/Vocal), Gleydson Keyler (Guitarra) e Matheus Mattos (Bateria).

“Perpetually” (2009) revelou o Rhevan para o país. Como vocês vêem este álbum hoje e qual a sensação de se chegar ao segundo trabalho com  “One More Last Attempt”?
Aldo Carmine (Baixista/Produtor): Gosto muito daquele álbum, porém o que eu tinha disponível para a produção na época não era ainda o ideal e aprendi muito de lá p cá. Acabamos de regravar o “Perpetually” para lançamento no exterior, e agora podemos dizer que ele está a altura das músicas.  O novo álbum é tudo o que somos agora. Evoluímos musicalmente e criativamente, e isso está registrado lá.

Como foi o processo de composição do novo trabalho e quais as principais diferenças para o primeiro disco?
Aldo Carmine: Como sempre temos músicas de todos os integrantes, que foram compostas em épocas diferentes. O novo álbum está mais pesado e diversificado, com arranjos mais sofisticados.

Antes de “One More Last Attempt” vocês lançaram dois singles e um EP de mesmo nome. Qual a importância de se lançar esses trabalhos antes de lançar um álbum oficial?
Aldo Carmine: Não queríamos ficar muito tempo sem lançar nada, já que sabíamos que o processo ainda demoraria um pouco. Resolvemos lançar os websingles gratuitamente para mostrar a nova sonoridade da banda e incluir material exclusivo, incluindo os covers, que foi algo diferente já que escolhemos músicas que pouca gente ouve . No caso do EP, ele contém uma música de cada integrante, foi um bom aperitivo do que estaria por vir, e o cover de Me Dê Motivo, do Tim Maia foi algo bem inusitado, mas a versão ficou excelente.

Gisele Vergílio

Guitarras pesadas, cozinha eficiente e ótimos arranjos de teclados, além dos belos vocais de Dani Navarro são alguns dos elementos que chamam atenção no novo trabalho. Como vocês definiriam a sonoridade do Rhevan?
Aldo Carmine: A idéia é não se prender a padrões. Se soa bem, é coerente, por que não?  Só tem que ser Heavy Metal!

O foco de vocês é o Gothic Metal, mas notei influências do Metal tradicional e até de Prog Metal na sonoridade da banda. Vocês concordam com isso?
Aldo Carmine: Nosso foco é fazer a música que nos agrada, independente do estilo, e não digo q o foco é o que costumam chamar de Gothic Metal, que para mim é mais o estilo de bandas como Tristânia. No caso, o que nos caracteriza mais como Symphonic Metal são os arranjos de orquestra, que é algo que me fascina há muito tempo. Mas todos nós amamos Metal Tradicional, e está sim cada vez mais presente em nossas músicas.

A incursão de coros ficou muito apreciativa, dando um ar clássico e épico às composições de “One More Last Attempt”.
Aldo Carmine: Sim, é outra coisa que sempre curti demais! E temos uma galera que está se saindo muito bem nisso (risos). Rainland é uma faixa que curto muito pelo excelente coral que conseguimos fazer.

É difícil não fazer essa pergunta. O Metal viu surgir uma avalanche de bandas fazendo Gothic Metal e se utilizando de vocais lírico femininos, o que fez com que o estilo ficasse saturado. Como é trabalhar em um estilo assim para fugir do comum, enfim, não soar o mais do mesmo?
Aldo Carmine: Definitivamente não gosto desse termo “saturado”. O que é algo “saturado”? Algo em grande quantidade? Ora, se for assim tudo está saturado! Quantas bandas de Metal Tradicional, Death, Thrash, Blues, Classic Rock existem hoje em dia? Incontáveis. Acho sim que em todos os estilos existam as ruins e as boas bandas, e estas prevalecerão.  Queremos sempre evoluir, nos renovar, mas a característica de cada integrante sempre estará lá.

Como tem sido a divulgação do novo álbum e sua repercussão? Como as novas músicas tem sido recebidas pelo público nos shows?
Aldo Carmine: O álbum foi lançado há um mês, pela Shinigami Records, e temos recebido ótimas críticas, as resenhas tem sido super positivas e estamos muito felizes com isso.

E como está a agenda de vocês, quais os planos da banda para 2013?
Thiago Azevedo: Nossa agenda ainda está vazia, mas no começo do ano vamos tentar fechar uma tour no Brasil para divulgar nosso novo álbum, mas estamos ansiosos com os shows na Europa, mas os planos da banda para 2013 serão decididos em reunião no começo do ano.

Muito obrigado, este espaço é para as considerações finais.
Aldo Carmine: Agradecemos pela oportunidade e desejamos a todos um ano novo de  muito Heavy Metal, bons lançamentos, shows e que produtores de eventos dêem às bandas autorais o mesmo valor que tem sido dado às bandas covers, pois o Brasil está repleto de bandas excelentes, em todos as vertentes do Metal!



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