Quando um disco de
Death Metal te pega pelas tripas e te vira do avesso, é porque agradou, e
muito. É esse o caso desse material preciosíssimo dos portugueses da AntiVoid,
cuja completa audição é um perigo, por deixar as vísceras expostas. E os caras
foram atrevidos, já que a banda surgiu em 2012 (sob o atual nome) e já colocou
no mercado um belíssimo ‘full’!
Sem brincadeira,
trata-se de um Death Metal ‘ols school’ extremamente empolgante, sem precisar
tocar a mil por hora o tempo todo. Pois é, os caras não exageram e equilibram
os momentos mais velozes (que não tão rápidos assim) com outros mais
cadenciados. E que resultado fenomenal saiu disso!
Há aqui e acolá umas
levadas quase Hardcore/Crust que fazem qualquer um levantar e começar a se
arrebentar no mosh pit. Mesmo que o ouvinte forme a roda sozinho no recinto.
A primeira faixa, Born to Die, tem um quê dos riffs da
Napalm Death, daqueles tempos mais experimentais do grupo. Até o vocal remeteu
um pouco a Barney Greenway, incrível! Mas a semelhança acaba aí. Aliás, o
vocalista Vitor é um urso, com seus vocais obscuros e demoníacos. Muito bons!
Mas seria possível
destacar qualquer outra composição, pela qualidade inquestionável que todas
possuem. Não tem novidades no som da AntiVoid, mas tem aquele elemento-chave
que faz toda a diferença: pegada.
As músicas são
impressionantemente encorpadas, “cheias” mesmo, bem “soco na cara”. Esse efeito
é, em grande parte, provindo do trabalho da gravação, aliada ao talento dos
lusitanos. Não deixa sobreviventes.
E pra quem acha que
será impossível adquirir o ‘debut’, é a hora da emoção: ele está disponível
para download gratuito no site dos caras! Testemunhem um dos ótimos discos de
Death de 2013 e espalhem a praga pelo planeta!
8,5
Christiano K.O.D.A.
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