São 13 anos de estrada
focados em um Death Metal descompromissado e letras sarcásticas. A Pile of
Corpses, também conhecida como POC não se deixa levar por aspectos visuais e
leva apenas sua musicalidade à sério. E isso fica evidente no debut “For Sex,
for Violence, for Alcohol” lançado este ano. Conversamos com Alexandre ‘Chefe’
(baixo) que, ao lado de Alba (vocal), JP (guitarra) e Dentão (bateria), busca
mais espaço na cena.
Não
tem como não iniciar a entrevista com essa pergunta (risos). A banda existe
desde 2001, porque o primeiro disco “For Sex, For Violence, For Alcohol” foi
lançado somente em 2014?
Alexandre
‘Chefe’: O álbum é o nosso terceiro registro, antes temos os
EPs “Hail War” (2003) e “Santa Claus is Cumming” (2007), mais o primeiro full length.
Além dos problemas (principalmente financeiros) normais de uma banda
underground para lançar o álbum, nosso principal empecilho foi a troca de
baterista em 2008, após o lançamento do EP “Santa Claus Is Cumming”. Demoramos
pouco mais de 2 anos para substituí-lo e mais algum tempo até que o novo
tirasse todas as músicas e nós fecharmos todas as composições, pois no meio
dessa transição nós demos uma desanimada - ficar sem tocar é muito chato
(risos). Com a entrada do Pinguim retomamos a agenda de shows ainda antes de
entrar no estúdio para a gravação e isso acabou nos atrasando nesse processo.
Importante dizer que o Pinguim, responsável pela gravação do álbum se mudou
para Campo Grande/MS e assim saindo do POC (atualmente está no Hellmotz), mas
felizmente dessa vez encontramos o substituto, o Dentão, que atualmente está
totalmente entrosado com o POC e nosso estilo alcoólico de banda.
E
as músicas que o compõe foram feitas durante todo este tempo ou banda optou por
compô-las recentemente?
Alexandre:
O
álbum é composto por todas as fases da banda, tem músicas como Hail War e Devouring the Pork que estão no nosso primeiro EP até músicas como
Hymen Collector e Masturation of the
Wicked que foram praticamente compostas para esse CD. É um bom apanhado da
vida do POC.
Aliás,
a proposta da banda sempre foi o Death Metal? Até porque há nuances de
Thrash/Crossover bem de leve na música de vocês...
Alexandre:
A proposta sempre foi tocar um som agressivo, que a galera ouvisse e sentisse
vontade de quebrar tudo na roda (risos). Como nós já tínhamos o nome, Pile of
Corpses, antes de qualquer música, a ideia sempre foi uma banda que seguisse as
temáticas e sons mais brutais... Lembro que na época que montamos o POC
ouvíamos (e ainda ouvimos) muito Mayhem, Marduk, Deicide, Cannibal Corpse,
Sodom, Kreator, RDP, e isso moldou um pouco a ideia inicial...
A
banda aposta em uma sonoridade mais ‘old school’. O que podem falar a respeito?
Alexandre:
Nada premeditado também. Acredito vir muito da influencia que temos, do que
sempre ouvimos, daí essa veia ‘old school’ no nosso som.
Outra
coisa que chama a atenção no álbum é a produção humilde, mas que casa
perfeitamente com a sonoridade da banda. Isso foi proposital?
Alexandre:
Vou ser bem sincero nessa resposta, a produção foi a que coube no bolso
(risos). Ouvimos algumas críticas quanto à produção, mas acho que nessa hora
ninguém pensa o quanto custa a gravação. Além de grana (chegamos a ouvir
proposta de R$ 15 mil) muitos estúdios não dão a devida atenção às bandas que estão
no começo de suas vidas. Dado o cenário, vimos diversos orçamentos para a
gravação e escolhemos o melhor custo benefício. Para nós não valeria a pena realizar
uma gravação excelente com um preço exorbitante que nos deixaria sem condições
de gastos com divulgação e viagens para shows depois. Por isso tentamos
equilibrar essa balança.
O
Pile Of Corpses segue a cartilha do Death Metal, mas quando o negócio é a
temática a banda se diferencia. Afinal, vocês não falam de temas comuns no
estilo e são sarcásticos na maior parte do tempo. Fale um pouco do conceito
lírico de “For Sex, For Violence, For Alcohol” e o que vocês pretendem passar
com isso?
Alexandre:
Esse estilo mais debochado é o reflexo de todos os integrantes do POC, não
existe uma pretensão com isso. As pessoas que nos conhecem sabem que somos
aqueles caras que curtem sair pra beber sem moderação e falar merda (risos)
então ficou muito natural passarmos isso para as músicas. No início da banda
fizemos músicas mais “sérias” como a Hail
War, que também compõe esse álbum, mas ao longo dos anos fomos amadurecendo
e encontrando a nossa personalidade. Chegamos a ter um pouco de receio por
termos uma temática mais sarcástica, causando nos shows e etc, e não tanto
brutal como é comum no Metal mais extremo, mas sempre fomos muito bem recebidos
pelo público e ficamos muito satisfeitos com isso, pois pra nós não seria legal
posar de uma coisa que não somos. Tanto quando somos público ou quando somos
banda somos assim, bêbados e tarados (risos).
Como
está a repercussão do disco e o trabalho de divulgação do mesmo? Chegaram a
lançá-lo no exterior ou obter resposta de fora?
Alexandre:
Muito boa, tanto pela mídia (resenhas) quanto pelo público, não temos o que
reclamar. Quanto ao exterior, sim estamos enviando o ‘trampo’ para todo mundo,
inclusive antes de responder a essa entrevista estávamos fazendo uma com um
zine português e temos uma da Suécia na fila. A resposta tem sido muito boa,
felizmente!
E
quais são os planos para o restante do ano? Enfim, como está a agenda da banda?
Alexandre:
No restante do ano manteremos o foco na realização dos shows já agendados e de
alguns em negociação. Além disso, ainda lançaremos um lyric video de uma das
músicas do CD. Mas já estamos com a cabeça em 2015, acredito que será um grande
ano para o POC!!
Muito
obrigado, deixem uma mensagem aos leitores.
Alexandre:
Nós que agradecemos a oportunidade de vocês do Arte Metal! Convidamos a todos
que se interessaram a conhecer o Pile of Corpses: em nosso facebook (fb.com/bandpoc)
é possível ouvir nossos dois primeiros EP’s na íntegra e também pelo soundcloud
(https://soundcloud.com/metalmedia/pile-of-corpses-the-hymen)
ouvir a música Hymen Collector do
novo álbum. E claro quem quiser pode entrar em contato pelo nosso e-mail (pileofcorpses@gmail.com)
que enviamos o novo álbum!
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