“Descending Patterns” é
o primeiro disco deste quinteto italiano e foi lançado em abril último. O
Epistheme está na ativa desde 2010 e foi fundado pelo baixista Riccardo Liberti
(ex-Noble Savage, Denied, Jemineye, Steel Raiser e Warcryer), que tem ao seu
lado Francesco Coluzzi e Enrico Grillo (guitarras), Luca Correnti (vocal) e
Daniele Spangnulo (bateria).
A banda aposta num Prog
Metal que tem como diferença o ‘feeling’ e a agressividade pouco demonstrados
dentro do estilo hoje em dia. Em meio a guitarras trabalhadas, uma linha de
baixo consistente e uma bateria versátil, há peso e melodia caminhando lado a
lado, sem exageros.
O vocalista Luca
enfatiza essa característica mais pesada alternando vocais limpos com um
raivoso semi gutural. Cantando temas que abordam a sociedade e seus problemas
de uma maneira reflexiva, o cara solta o gogó de maneira peculiar, casando
perfeitamente com a proposta da banda.
A ressalva fica pelo
fato de em alguns momentos o som não engrenar e parar na burocracia. Por
exemplo, as músicas são muito bem estruturadas, mas pecam na falta de energia
em alguns momentos. Isso não tira o brilho das composições de jeito nenhum, mas
é de se pensar em fazer algo mais objetivo em um próximo trabalho.
De resto, “Descending
Patterns” é um disco bem acima da média, que ainda conta com uma produção de se
tirar o chapéu (a cargo da própria banda). Silent
Screaming e Blind Side são bons
exemplos para definir o álbum. Se você admira nomes como Opeth e Meshuggah,
vale à pena dar uma ouvida.
8,0
Vitor Franceschini
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