quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Entrevista



Por Leandro Fernandes

Um novo projeto de estilo próprio e totalmente cativante, assim se define o Zaltana, trabalho em que o multi instrumentista Tito Falaschi nos apresenta com um belo disco. Tito possui uma carreira extensa no meio musical e nos mostra como trazer vida a uma banda que renderá grandes conquistas. Para nos contar sobre os planos e projetos com o primeiro debut da banda auto-intitulado, tivemos um descontraído bate papo com Mischa Marmade (vocalista) que nos conta desde a escolha do nome da banda a planos para o futuro. Confira.

Mischa, imenso prazer em poder falar com você. Desejando já muito sucesso e conquistas com o grande debut da banda. Seguinte, o disco tem sido muito bem aceito, como a banda está encarando esse grande sucesso?
Mischa: Em primeiro lugar, ficamos muito agradecidos aos fãs. Temos fãs que nos acompanham desde o primeiro ensaio, as primeiras demos e apresentações e essa força que eles dão sempre nos impulsiona. Ficamos muito humildes em receber essa energia e queremos fazer o melhor por eles. Em segundo lugar, ficamos bem surpresos! Tem gente do mundo inteiro ouvindo nosso som, comprando os CDs, tem rádios pedindo material em vários países. Agora, vamos fazer o possível para levar nosso show ao máximo de lugares para o pessoal ter a experiência de nos ouvir ao vivo.

Zaltana é um nome indígena que significa MONTANHA ALTA. Qual o motivo da escolha do nome?
Mischa: Gostamos do significado e da sonoridade do nome. “Zaltana” tem uma conotação forte e imponente. Ao mesmo tempo nos leva a enxergar nossa história como país e refletir sobre nossos antepassados e raízes.

Como você define o som e estilo que a banda produz ou não tem um rótulo específico.
Mischa: Não tem um rótulo específico, colocamos muitas influências diferentes nas músicas. Somos ecléticos e isso aparece nas composições. O trabalho é muito pessoal, mas já apareceram os seguintes rótulos na mídia: moderno, Thrash, Progressivo, Metalcore, Heavy tradicional e outros até como Death, Speed, Hard! (risos)




Sabemos que o Tito Falaschi tem uma carreira já extensa no mundo musical. Como tem sido trabalhar com uma pessoa com o currículo desse gabarito?
Mischa: É ótimo! O Tito tem muita experiência em arranjo e gravação, traz ideias musicais incríveis e nos deixa bem à vontade na hora da gravação. Sem contar que conseguimos, com a produção dele e a mixagem e masterização na Holanda por Jochem Jacobs, uma qualidade sonora impressionante, pesada e ao mesmo tempo harmoniosa, com uma grande nitidez nos timbres.

Como é o relacionamento com o restante dos membros, sabendo que você é a única mulher integrante do grupo.
Mischa: É tranquilo! Sempre nos respeitamos muito, temos uma postura profissional quanto à banda. Trabalhamos bem juntos, porque temos uma visão comum dos nossos objetivos. Por outro lado, também somos grandes amigos, a gente se encontra mesmo fora das reuniões e ensaios para nos ver. São como meus irmãos, brincamos muito, mas sempre respeitando o limite de cada um. Nossa relação se fortaleceu quando viajamos juntos para a Holanda (para a mixagem) e passamos 24 horas juntos por duas semanas.

Conte-nos como iniciou sua carreira na música. Já foi integrante de alguma outra banda?
Mischa: Comecei quando era pequena tocando órgão eletrônico e teclado. Hoje em dia faço faculdade de música, dou aulas, faço arranjos e transcrições. Fui aos poucos de tecladista para vocalista. Nas bandas, o pessoal sempre sugeria tocar e cantar. Já tive muitas bandas de cover e autorais, projetos e freelas. Mas o Zaltana hoje em dia é minha paixão e prioridade.

Já sem tem alguma notícia do disco no exterior?
Mischa: Sim, temos recebido muitos elogios do pessoal comprando lá fora e de rádios também. Como demora um pouco mais para o CD físico chegar internacionalmente, os reviews ainda estão para saírem.

Falando sobre as composições, elas seguem uma temática ou são mais aleatórias mesmo.
Mischa: Em termos musicais, cada um traz suas ideias pro estúdio e trabalhamos em cima até ficarmos felizes com a forma. Quanto às letras, temos seguido a temática da nossa revolta com os problemas sociopolíticos que o Brasil enfrenta, e temos algumas outras letras sobre a angústia pessoal em relação à sociedade e os padrões que ela nos impõe.

Estamos já praticamente no fim do ano, como está à agenda da banda para fim do segundo semestre e também quais são os planos para 2015?
Mischa: Estamos estudando fazer alguns shows em São Paulo, e no interior do estado, e depois disso partir para uma turnê maior. Recebemos muitos convites, mas estamos analisando ainda!

Esse espaço aqui é seu, deixe uma mensagem para os fãs da banda. Obrigado pela entrevista.
Mischa: Essa conversa foi um prazer! Agradeço imensamente o Arte Metal pelo convite e o carinho de todos os fãs e leitores que nos acompanham! Espero poder conhecê-los pessoalmente nos shows!


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