O Lothlöryen iniciou
sua carreira em meio à onda de temas e sonoridades influenciadas pelas
histórias de J.R.R. Tolkien (criador da trilogia ‘O Senhor dos Anéis’ e afins),
e fez isso com ímpeto e propriedade. Quando a onda virou uma marolinha e todos
pensavam que a banda cairia no ostracismo, eis que se reinventam, passam a
abordar outra temática e turbinam seu som. Tudo isso mantendo sua identidade e
essência.
O que é descrito no
parágrafo acima é o que a banda vem mantendo até hoje. Uma evolução criativa
impressionante e a capacidade de buscar novos horizontes, sem mexer nas
estruturas, é o maior trunfo destes mineiros. E não, a banda não tenta nada
forçado, tanto que seu som pode ser comparado a nomes como Blind Guardian,
Orden Ogan e por aí vai, mas tem o selo e impressão digital ‘Lothlöryen’.
Neste novo disco,
quarto de inéditas da banda, o sexteto parece mesclar tudo que já fez em sua
carreira e ainda adicionar um toque de modernidade em suas composições. Depois
de ser mais ‘maquinada’ e Progressiva em “Raving Souls Society” (2012), o grupo
traz de volta seus momentos ‘Folks’ e, com mais ênfase, dita ritmos que
adotaram no início de carreira.
Mas o fato é que a
banda mantém as linhas Prog (com menos ênfase) e ainda adiciona leves arranjos
e toques com sintetizadores que caíram como uma luva nas novas músicas,
provando mais uma vez que a capacidade criativa do grupo é realmente sem
limites.
Lançado de forma totalmente
independente, “Principles of a Past Tomorrow” conta ainda com uma produção
primorosa dos guitarristas Leko Soares e Tim Alan, dando ainda mais qualidade
ao disco. A impressão é que o Lothlöryen está sempre encurralado, mas sempre
consegue sair de forma magistral. Vou fugir do pau e não vou me arriscar a
mencionar nenhuma composição como destaque, já que na primeira audição os
fortes refrãos e melodias encantadoras elevam nosso espírito. É dez.
10
Vitor
Franceschini
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